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Sueli Feitosa é presa em sua residência pela Polícia Civil de Santa Cruz

A ex-tesoureira da prefeitura de Santa Cruz do Rio Pardo, Sueli de Fátima Feitosa, foi presa em sua residência, no bairro Braúna, na tarde desta terça-feira (19) pela Polícia Civil. Ela foi condenada, em primeira instância, em fevereiro de 2022, a 21 anos de prisão em regime fechado pelo crime de peculato. Sueli é acusada de ter feito desvios milionários dos cofres da administração municipal. Ela aguardava recurso em liberdade e agora vai cumprir a pena de fato.

Segundo a Justiça, Sueli Feitosa desviou verba da prefeitura por 2.291 vezes, em valores que somaram R$ 3,76 milhões, cifra que atualizada até a data de denúncia representa uma valor de R$ 10,9 milhões.

Na época, sentença também condenou parentes de Sueli: o cunhado Adilson Gomes de Souza e a irmã Camila Pereira Sacramento de Souza receberam penas de 10 anos de reclusão cada um; a mãe, Maria da Conceição Pereira Feitosa, foi condenada a sete anos de prisão em regime semiaberto. As mulheres devem ser encaminhadas à cadeia feminina de Pirajuí, enquanto Adilson, para Cerqueira Cesar, a mais próxima de Santa Cruz. Outro cunhado, Pedro Donizete, foi condenado a 3 anos de reclusão e, as irmãs Silvia e Aparecida Feitosa, 4 anos, com pena restritiva de direitos aos três.

O juiz Pedro de Castro e Sousa, da Vara Criminal de Santa Cruz do Rio Pardo, também determinou a perda de todos os bens que a família de Sueli Feitosa adquiriu no período entre 2002 e 2016. Entre os bens estão imóveis em bairros nobres, veículos e uma chácara.

ENTENDA
A denúncia do Ministério Público foi ajuizada em abril de 2020, quase cinco anos depois de os desvios terem sido descoberto, no fim de 2016.

Sueli chegou a ser presa por cinco meses, mas deixou a penitenciária após conseguir um habeas corpus. Na época, a prefeitura também decidiu exonerar a servidora. O cunhado de Sueli também chegou a ser preso.

Segundo o MP, Sueli era a responsável pela conciliação bancária das contas mais movimentadas do município.

Com isso, a denúncia informou que ela inseria no sistema da administração pública os valores que deveriam ter sido depositados no banco. Ela foi denunciada pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Além dela, o Ministério Público denunciou parentes da ex-servidora por lavagem de dinheiro e associação criminosa. Segundo a investigação, eles compraram imóveis e veículos e eram sócios de empresa que foi aberta com o dinheiro desviado da prefeitura.

Foto: Jornal Debate

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