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Há mais de 30 anos, feirantes mantém comércio de pamonha e hortifruti

Em Santa Cruz do Rio Pardo a feira da lua é uma das tradições mais evidentes da cultura santacruzense. Os personagens principais desta história são os feirantes, aqueles que persistem diariamente para manter a prática viva como referência no movimento do comércio e na participação da comunidade.

Trabalhadores que estão na rotina de feirantes há mais de três décadas, por exemplo, como é o caso da “Cristina da Pamonha” e do casal “Nina e Raimundo”, são testemunhas da proporção de alcance das feiras ao longo dos anos e das boas lembranças de amizades construídas pelo caminho.

Cristina Pamonha

Cristina Campanha do Nascimento, 56, conta que trabalha na feira há mais de 30 anos, sendo que, com os derivados de milho – carro-chefe do seu comércio – fazem há 28 anos. “Quando comecei eu só cuidava da casa, era casada e já tinha três filhos pequenos. Decidi fazer algo para vender na feira aos domingos. Comecei com verduras, mas não tardou até as pamonhas fazerem mais sucesso”, destaca.

Nos primeiros passos da carreira, Cristina pontua que teve muito trabalho para atender à demanda dos clientes. “Levava o cural, as latas e o fogão para cozinhar a pamonha na feira mesmo. O processo demorava em torno de 4 a 5 horas. Era demais porque as pessoas faziam fila para aguardar até que ela ficasse pronta. Até a concorrência, na época mais barata e rápida que eu, ficava atrás com a clientela”, enfatiza, orgulhosa. 

Para facilitar o trabalho do comércio familiar, a santacruzense nascida na zona rural explica que hoje em dia faz uma preparação em casa na madrugada anterior às feiras. Dentre as opções do cardápio de Cristina, a entrevistada destaca a pamonha doce e salgada, com opções de queijo e sem queijo, bolos e bolinhos fritos. 

Irmã mais velha de quatro irmãos, a empreendedora transmite gratidão pela trajetória. “Trabalho desde os 13 anos de idade. Hoje estou muito feliz com a feira, apesar do cansaço e dos dias loucos de chuva, nada é mais recompensador que o elogio dos clientes e a nossa amizade. Nunca vou esquecer de quando me disseram que tenho mãos abençoadas”, revela.

Nina e Raimundo

O casal do hortifruti começou nas feiras há 33 anos atrás e, antes da banca, Maria Cleire Rossetto Torres, 61, e Raimundo Aparecido Gimenes Torres, 62, levavam as verduras em caixas de papelão improvisadas. 

Tudo começou com um dos irmãos de “Nina”, como é conhecida, que plantava e fazia sobrar muitas verduras para a família. “Para não perder, nós começamos a vender na feira. Hoje temos duas bancas, uma na feira e outra em casa”, pontua. 

Nina revela que já era casada e tinha filhos no início do comércio familiar e, na época, Raimundo trabalhava em uma fábrica de calçados. Dona de casa e costureira, Nina já viveu momentos incríveis na feira. “Quando tem chuva, aí é só terço e bíblia na mão para resolver. Convivemos mais com os amigos da feira do que com a própria família, então quando tem um sofrendo, nós sofremos juntos”, destaca.

A carismática conta, emocionada, o episódio de quando teve que se afastar da rotina de feirante por um mês. “Fiz uma cirurgia e fiquei em casa durante o período. Quando voltei, foi mágico. Os amigos da feira vieram me abraçar, comemoraram a minha chegada e disseram que sentiram muito a minha falta”, destaca. 

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