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Frei Edmilson: “Teologia da Prosperidade – acorde cedo, lave o rosto, reze, tome café e vá trabalhar”

TEOLOGIA DA PROSPERIDADE: Acorde cedo, lave o rosto, reze, tome café e vá trabalhar

Como é possível crer que o significado da vida é feito de bens e posses, de poderes e cargos importantes, de superioridade sobre os demais por ser “filho de Deus”? Como é possível crer que Deus responde ao dinheiro muito mais do que a uma oração fiel, e entender prosperidade como algo a ser medido por conquistas materiais? E crendo em tudo isso, como é possível não levar para o coração a ideia de que para “ser alguém” é preciso ter poderes ou posses? Simplesmente é impossível confessar tais coisas e pensar que o resultado e o significado podem ser diferentes. Sim, porque cada um fica do tamanho do seu ídolo teológico, e cada um se torna a imagem de sua própria confissão com a boca.

Esses senhores da prosperidade são filhos da avareza, que é idolatria, posto que só nos ocupamos das coisas desta vida. São Paulo diria que o “Deus deles é o seu próprio estômago” (FI 3.19). A desgraça chamada de teologia da prosperidade é uma das coisas mais demoníacas que já aconteceram e acontecem atualmente dentro das igrejas. Ora, a tal “prosperidade” idólatra e materialista, além de ser total perversão da mensagem e sentido do Evangelho Eterno, acontece também, entre outros fatores, em razão do complexo de inferioridade da dita “igreja”, e em razão de que a maioria dos proponentes de tal “teologia”, quase sempre, são pessoas de origem simples, que viveram na pobreza, que não tiveram nenhuma instrução, e parecem encontrar na “igreja” o melhor negócio de suas vidas. 

Afinal, que negócio é mais lucrativo na Terra do que a “religião’’? Pense comigo, não dá nada para ninguém e recebe de todos, não vende nada de material, mas recolhe grana como quem vendeu diamantes invisíveis, não investe em produção, mas ganha muito como indústria de promessas de milagres, não tem que manufaturar nada, pois apenas tem que manipular tudo, não tem que convencer ninguém de nada, posto que, pela pobreza, pelo medo e pela infelicidade da existência, tais indivíduos, os “fiéis”, já compraram o pacote como quem compra o poder de um “despacho”… Isto porque a visão de Deus anunciada nesses grupos é a de um “‘Deus” perverso, avaro, ganancioso, inescrupuloso, louco por prata e ouro, e que não aguenta receber uns trocados sem dar uma demonstração paga de poder, coisa de pequenas e medíocres divindades. Desse modo, meu irmão, ainda que conhecendo milhares que conhecem a Deus, mesmo na igreja, a maioria, entretanto, apenas sabe de Deus pela boca doutrinária de terceiros, o que os deixa à mercê das intenções de todos os inescrupulosos.

Enquanto os fiéis não pararem de ouvir somente os ditos “líderes religiosos”, e passarem a ler de fato à Bíblia, que apenas carregam como amuleto divino embaixo do braço, o paganismo reinará na “igreja” e o povo perecerá por falta de conhecimento de Deus e de sua Palavra. Essa tal “teologia da prosperidade’’ é o conteúdo espiritual de um deus pagão, sim, um deus que responde à mecânica ritual das campanhas de prosperidade, e que se deixa mandar pelas ordens e caprichos dos ditos “líderes religiosos”, e que além disso, faz acepção de pessoas, pois, apenas é bom para os que dão dinheiro a “ele”, e só é bom para aqueles que não faltam aos encontros com “ele” nos horários predefinidos pelos seus donos na terra, os sacerdotes da religião. No caso em questão, falo dos “sacerdotes” muito mais da religião evangélica, que foi a mais afetada por essa filosofia dos gurus indianos na América na década de 60 e 70.  Sim, porque a “teologia da prosperidade” apareceu na carona do “deus rico” dos gurus da Califórnia, e seu conteúdo é idêntico ao dele, ou seja, a divindade tem seus gurus, os quais, em sendo servidos pelo povo, acarretam para os “servos” as bênçãos que apenas são liberadas se eles, os gurus, forem servidos abundantemente e em primeiro lugar. Desse medo, Deus virou deus, e de Criador passou a criado, e de Provedor virou garçom de crente, e de Senhor passou a ser servo das ordens e caprichos dos líderes que o controlam, e dos crentes que com ele fazem suas barganhas. 

Eu não tenho a menor dúvida que tudo isto que acontece à “igreja” hoje é coisa no mínimo sinistra, e creio que o “espírito” que age em tais lugares não é o Espírito de Deus, mas o espírito do mundo capitalista. Desse modo, não tenho nenhum temor quanto a dizer que entre muitos que são sinceros, ainda que enganados pela total ignorância espiritual na qual vivem, há também uma legião de mal-intencionados, estelionatários, os quais, na sua maioria, não são crentes, que apenas ouvem o que é dito, mas sim os líderes que se fizeram mediadores entre os pobres crentes e Deus. Ora, para mim, tal realidade equivale a ver o abominável da desolação assentando no lugar santo, e dando ordens em nome de Deus, como se Deus eles fossem. 

Somente quem não conhece a Jesus e sua Palavra pode pensar que minhas palavras são ácidas, venenosas. Pois quem de fato conhece um pouquinho a Palavra, sabe que não digo aqui nada que Paulo, Pedro e Judas não tenham dito em suas cartas. E mais, somente quem não conhece o espírito do Evangelho e seu conteúdo é que pode se entregar à loucura, ao devaneio, ao surto da ‘’teologia da prosperidade” crendo que se trata de algo genuíno ou de Deus. A “teologia da prosperidade’’ faz prosperar, sim, os líderes religiosos espertos que entenderam que a dita “teologia’’ é um grande negócio. Se muitas pessoas ousam denominar a Teologia da libertação de comunista, eu ouso afirmar que a Teologia da prosperidade é capitalista e DIABÓLICA.

Abraços,

Frei Edmilson.

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