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Caso “Índio”: Família de João Basílio organiza carreata por justiça

Foto: Reprodução Instagram/Foto-ilustração modificada

Amigos e familiares de João Basílio Ferreira dos Santos, o “Índio”, como era conhecido, organizam uma carreata por justiça neste sábado, 07 de setembro, a partir das 10h30, após o desfile da independência. 

A saída para a manifestação será em frente à prefeitura de Santa Cruz do Rio Pardo, na Praça do Jardim e o destino será a Rodovia Plácido Lorenzetti, local onde Índio morreu.

No cartaz digital de divulgação da carreata, as frases estampadas são: “Foi crime, não foi acidente! A justiça precisa ser feita” e “O Índio foi a vítima da vez, amanhã pode ser você ou alguém que você ama”.

O Caso

No dia 16 de agosto de 2024, aproximadamente às 21h, Glaucê Cristina Alves Gazola, 41, estava alcoolizada enquanto conduzia uma caminhonete Hilux de cor preta, que atingiu e traseira da motocicleta de João Basílio Ferreira dos Santos, 59 na Vicinal Plácido Lorenzetti, em Santa Cruz do Rio Pardo.

Com o impacto, a vítima teve uma parada cardíaca e afundamento de crânio. O homem ficou em estado grave. Ao invés de prestar socorro, a motorista fugiu da situação.

A equipe do Samu foi acionada para socorrer a vítima, entubada, então, no próprio local do acidente. João Basílio foi conduzido à Santa Casa de Misericórdia do município e submetido à cirurgia, mas faleceu horas depois.

Localizada na própria residência no bairro Chácara Peixe, a condutora se recusou a fazer o teste de etilômetro, mas admitiu aos policiais militares que havia bebido cerveja. O exame clínico constatou que ela estava alcoolizada e não embriagada. Registros de câmeras de segurança comprovaram que Glaucê comprou bebidas alcóolicas horas antes do acidente.

A equipe policial composta pelo Sargento Romão, Cabos Ivan, Venanzoni e Melo, juntamente com Soldado Mateus, encaminhou a envolvida ao Plantão da Polícia Civil de Ourinhos, onde permaneceu detida por suspeita de embriaguez ao volante e de omissão de socorro. A acusada teve a defesa do advogado Dr. Alessandro Scudeller.

Quanto a equipe médica do Samu atuante no caso, participaram a Dra. Letícia Bueno, a enfermeira Carla Fabiana Melo e a condutora Priscila Gonçalves. Os agentes Victor Alexandre e Bruno Ferreira, do Demutran, foram responsáveis pela sinalização do trânsito.

João Basílio Ferreira dos Santos deixou a esposa Regina e os filhos Cíntia, Bianca e João. Ele foi sepultado na cidade. O ocorrido revoltou e comoveu amigos e familiares, que ainda clamam por justiça.

Desdobramentos

Na manhã do dia seguinte após o acidente, mesmo dia em que João Basílio morreu, Glauce Cristina foi solta. “A condutora responderá pelo ocorrido em liberdade, sendo que a suspeita de embriaguez não foi constatada”, destacou o advogado Dr. Alessandro Scudeller em entrevista exclusiva ao Diário Cidadão.

Após pressão da imprensa local e repercussão do “Caso Índio” entre a população, o delegado Dr. Valdir Alves de Oliveira pediu a prisão preventiva de Glauce Cristina no dia 26 de agosto. O juiz João Paulo Sorigotti da Silva negou o pedido e a motorista permaneceu em liberdade.

O delegado recorreu e apresentou novas provas ao caso, mas, ainda assim, a Justiça rejeitou pela segunda vez o pedido de prisão de Glauce no dia 02 de setembro. De acordo com o juiz, não houve dolo direto ou eventual no acidente, ou seja, intenção de cometer o crime.

Até o momento de publicação desta matéria documental, Glaucê responde ao ocorrido em liberdade e a Justiça proibiu somente a mulher de dirigir.

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