Um contador de Santa Cruz do Rio Pardo foi preso na manhã de hoje, 6, suspeito de integrar um esquema milionário de venda ilegal de defensivos agricolas. M.A.P, de 52 anos, foi levado por policiais civis da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Araraquara-SP, responsável pela operação deflagrada nesta terça-feira. Agentes também cumpriram mandados de prisão temporária e de busca e apreensão em outras três cidades do Estado, como informa a reportagem do “A Cidade On”.
A investigação começou em abril deste ano, após uma carga avaliada em mais de R$30 milhões ser apreendida em um barracão na Vila São José, em Araraquara.
Segundo o delegado da DIG, Fernando Teixeira Bravo, a investigação teve início em Valentim Gentil, na região de Votuporanga, após furtos e roubos de cargas de defensivos agrícolas em São Paulo e fora do Estado.
“Ao longo das investigações, apuramos que se tratava de 14 crimes, entre roubos e furtos. Representantes de duas empresas vieram para cá e analisaram os produtos e levantaram a possibilidade de estarem adulterados”, explicou o delegado.
De acordo com o delegado, “o grande volume de material roubado e furtado indica que eles [criminosos] não tiveram tempo hábil para descaracterizar as embalagens, retirar o número de lote e descaracterizar o produto”.
As investigações apontaram que os suspeitos utilizavam cinco empresas em nomes de laranja para driblar a fiscalização. Elas eram responsáveis por comercializar os produtos com notas fiscais fraudadas na tentativa de dar falsa ideia de legalidade às mercadorias. Operação foi deflagrada pela DIG de Araraquara.
Nesta manhã, os policiais cumpriram seis mandados de busca e apreensão nas cidades de Flórida Paulista, Limeira e Santa Cruz do Rio Pardo, além de Araraquara.
Também foram cumpridos dois mandados de prisão temporária em Flórida Paulista e Santa Cruz do Rio Pardo. São dois homens que foram apresentados nas delegacias locais e ficarão à disposição da Justiça.
“Dentre as pessoas que foram presas, está um contador que abria e fechava as empresas. Ele fazia a contabilidade de modo a evitar uma fiscalização, tentando esquentar a mercadoria e dar uma aparência de legalidade”, detalhou Fernando Bravo. sobre a atuação do profissional santa-cruzense no esquema.
Ainda segundo o delegado, “pelo que ficou comprovado, a pessoa de Araraquara era a ponte entre os que cometiam o roubo e vendiam. Ele era o elo, mas não participava do roubo”, esclareceu.
A operação apreendeu documentos, celulares e mais de R$5 mil em dinheiro vivo. Outras três pessoas continuam foragidas.
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