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Frei Edmilson – “Cuidado: não ouça só a versão da Chapeuzinho Vermelho”

Quem de nós, quando crianças, não ouviu a “delação”: “- mãe, meu irmão me bateu!”. Inúmeras vezes, na vida de mães no planeta inteiro, a cena se repete e acontece assim. Uma criança correndo chega ofegante acusando outra de algum erro digno de um castigo. E toda mãe, na sabedoria de mãe, reage com prudência, primeiro apanhando os fatos e depois decide como corrigir o problema. 

Às vezes, a mãe descobre fatos curiosos da boca da outra criança acusada: “Bati nela sim, bati porque ela me bateu primeiro”, e para mostrar a prova da sua alegação, mostra um arranhãozinho no braço.  A partir desse momento, começa o desafio da mãe de ser justa juíza dos próprios filhos. A mãe sempre faz questão de investigar os fatos, ou seja, ouvir os dois lados da história, e só depois toma a atitude em relação ao culpado ou culpados. 

O sistema de justiça do nosso país deve se basear neste mesmo princípio. Qualquer um pode levantar acusação contra outro, mas o acusado tem direito de responder e se defender. Por isso, para a justiça, é dever ouvir os dois lados para aplicar a justiça. Mas, infelizmente, nem todos ponderam com a mesma sabedoria e prudência. Muitas pessoas chegam a sua própria conclusão, sem ouvir os dois lados da história. Alguém chega reclamando da injustiça sofrida por uma outra pessoa e o ouvinte já se enche de ira contra o malfeitor (o acusado), e se sente o paladino da justiça empunhando a espada de uma única versão. 

Calma, espere aí, você já ouviu o outro lado? Vai condenar a pessoa sem ouvir a outra versão da história? Jamais podemos tomar posicionamento em uma história sem ouvir os dois lados. Mesmo quando essa história envolve família ou amigos, precisamos ser justos e ouvir o outro lado da “moeda”.

Precisamos ter muita prudência quando um dos lados da história é família ou amigo pois, é óbvio que a tendência é defender os que nos são prediletos já dando a sentença que os outros é que estão errados. 

Eu já vivenciei muitos pais que “cegamente” defenderam seu filho e mais tarde chegaram a triste descoberta que o filho não era um Arcanjo Gabriel como aparentava ser.

Esse erro, para não dizer crime, se repete muito nas redes sociais. Antigamente o clichê era: “Papel aceita tudo”, hoje isso se aplica às redes sociais. 

Não sei se você já foi “tentado” a fazer uma “garimpagem” nas redes sociais neste sentido? A gente se depara com coisas incríveis, para não afirmar sinistras. O indivíduo posta uma notícia sem fundamento convincente, ou relata algo que lhe aconteceu sem um raciocínio coerente, logo a seguir vêm os ditos comentários, uns já se denominando juízes, outros com “conselhos” sem nexo ou racionalidade. Será que ao comentar ou tomar partido de uma história nós levamos em consideração a veracidade do fato ocorrido? Nós ouvimos os dois lados da história? Isso é indispensável em nosso agir, pois podemos estar consumando uma injustiça. 

Não podemos generalizar, mas infelizmente o ser humano é decepcionante.

Sendo assim, fica aqui uma sugestão: Não seja injusto, procure ouvir os dois lados de uma história.

Abraços,

Frei Edmilson.

 

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