No final do ano passado mais um absurdo foi empurrado goela abaixo do povo brasileiro quando foi aprovado, no congresso e no senado, o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2022. O congresso nacional ratificou também uma ampliação do fundo eleitoral, de R$ 2 bilhões para a absurda cifra de R$ 5,7 bilhões. Óbvio que teríamos uma pequena encenação da parte do presidente Jair Bolsonaro em não aceitar o referido projeto, pois afinal de contas “Brasil acima de tudo e Deus acima de todos”.
Bem, para o povo brasileiro o Brasil está acima de tudo, menos para a corja política que o “rege”. Era banal pensarmos que o senhor presidente vetaria tal projeto, sendo que toda a base governista, incluindo os filhos “imaculados” do presidente votaram a favor do projeto.
O fundo eleitoral consiste em um valor previsto em lei federal e extraído do orçamento da União que será distribuído aos partidos políticos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em ano de campanha. Este ano de 2022, o valor, como já afirmei, será de R$ 5,7 bilhões.
Cada partido leva uma fatia desse “bolo amargo” para os brasileiros, segundo sua representatividade, ou seja, as maiores legendas recebem as maiores fatias. E a finalidade dessa fatia indigesta é custear as despesas ordinárias dos partidos, principalmente gastos nas campanhas eleitorais. Como quem gerencia a dita fatia são os cafajestes que compõem o partido, só Jesus Cristo saberá se os recursos serão de fato investidos nas referidas campanhas. Mesmo afirmando-se que os partidos políticos, em todos os seus níveis de atuação, precisam prestar contas à justiça eleitoral de forma documentadamente contábil dos gastos partidários, eu fico com o pé atrás, pois afinal de contas o Brasil é a terra dos jeitinhos.
Agora, veja bem se não é revoltante, repugnante a política brasileira pútrida. O candidato ou candidata a deputado federal por exemplo, uma vez eleito receberá: Salário de R$ 33.763,00 mais a cota para o exercício da atividade parlamentar, que possibilita o exercício da função. E o que consta nesse “menu” de benefícios? Pagamento de serviços telefônicos, divulgação, alimentação, correspondência, aluguel de carros, barcos ou aeronave, bem como seu abastecimento, participação em eventos, entre outros. Além disso, sim senhoras e senhores, tem o além disso, são R$ 106.866,59 por mês para a contratação de pessoal, e R$ 4.253,00 em auxílio e reembolso em casos de atendimento médico realizado fora do departamento médico da câmara, ou seja, caso alguns deles estejam na praia e tenham devorado inteiro o camarão.
Agora façam as contas de quanto custa aos cofres públicos uma ameba dessa. Além de todo esse enxovalho, há um assalto aos cofres públicos para bancar a campanha do dito deputado. Uma analogia tola faço aqui; se você ou seus filhos pleiteiam fazer um concurso público, uma universidade, uma especialização, quanto você tem que investir em você mesmo? Cursinhos, colégios caros, material didático que custa o “olho da cara”. Tudo vem do suor do teu trabalho e do abrir mão de tantas coisas no teu dia a dia.
Agora os abutres que pleiteiam uma vaga política, além de todas as regalias roubadas dos cofres públicos, os recursos para o seu “concurso” também é espoliado dos cofres públicos. Afirmo que é uma analogia tola, porque você, seus filhos, são cidadãos inteligentes, honestos e trabalhadores. O mesmo nós não podemos dizer sobre a grande maioria dos nossos políticos. Como diria Boris Casoy: “Isso é uma vergonha!”. Eu prefiro dizer: isso é um crime.
Permita-me um outro detalhe rapidíssimo, se o Brasil está ACIMA DE TUDO, por que os nossos “mitos”, “lendas”, “fenômenos” da política não abrem mão de 10%,? Sim, bastaria 10% do orçamento eleitoral para reconstruir Petrópolis!!!!! Fica aí a sugestão…
Um abraço,
Frei Edmilson.
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