A Polícia Civil de Santa cruz do Rio Pardo, prendeu por volta das 11h30 desta sexta-feira (22), Maria da Conceição Pereira Feitosa 78 anos, mãe da ex-tesoureira da prefeitura de Santa Cruz do Rio Pardo, Sueli de Fátima Feitosa. A polícia foi buscá-la em uma residência no Jardim Braúna. Condenada a sete anos de prisão em regime semiaberto, Maria era a única da família Feitosa envolvida no escândalo do desvio milionário dos cofres da Prefeitura que ainda não havia sido presa. Na tarde de terça-feira (19) Sueli Feitosa, mentora dos desvios de R$ 11 milhões foi presa em sua residência, também no Jardim Braúna. Sueli foi condenada, em primeira instância, em fevereiro de 2022, a 21 anos de prisão em regime fechado pelo crime de peculato. Ela aguardava recurso em liberdade e agora vai cumprir a pena de fato.
Segundo a Justiça, Sueli Feitosa desviou verba da prefeitura por 2.291 vezes, em valores que somaram R$ 3,76 milhões, cifra que atualizada até a data de denúncia representa uma valor de R$ 11 milhões.
A sentença também condenou parentes de Sueli: o cunhado Adilson Gomes de Souza e a irmã Camila Pereira Sacramento de Souza receberam penas de 10 anos de reclusão cada um; a mãe, Maria da Conceição Pereira Feitosa, foi condenada a sete anos de prisão em regime semiaberto. As mulheres devem ser encaminhadas à cadeia feminina de Pirajuí, enquanto Adilson, para Cerqueira Cesar, a mais próxima de Santa Cruz. Outro cunhado, Pedro Donizete, foi condenado a 3 anos de reclusão e, as irmãs Silvia e Aparecida Feitosa, 4 anos, com pena restritiva de direitos aos três.
O juiz Pedro de Castro e Sousa, da Vara Criminal de Santa Cruz do Rio Pardo, também determinou a perda de todos os bens que a família de Sueli Feitosa adquiriu no período entre 2002 e 2016. Entre os bens estão imóveis em bairros nobres, veículos e uma chácara.
ENTENDA
A denúncia do Ministério Público foi ajuizada em abril de 2020, quase cinco anos depois de os desvios terem sido descoberto, no fim de 2016.
Sueli chegou a ser presa por cinco meses, mas deixou a penitenciária após conseguir um habeas corpus. Na época, a prefeitura também decidiu exonerar a servidora. O cunhado de Sueli também chegou a ser preso.
Segundo o MP, Sueli era a responsável pela conciliação bancária das contas mais movimentadas do município.
Com isso, a denúncia informou que ela inseria no sistema da administração pública os valores que deveriam ter sido depositados no banco. Ela foi denunciada pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Além dela, o Ministério Público denunciou parentes da ex-servidora por lavagem de dinheiro e associação criminosa. Segundo a investigação, eles compraram imóveis e veículos e eram sócios de empresa que foi aberta com o dinheiro desviado da prefeitura.
Deixe um comentário