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Nódulo não é o único sintoma do câncer de mama; Saiba mitos e verdades sobre a doença

Silvia Regina Ferreira Mendes é ginecologista e mastologista na Hapvida NotreDame Intermédica | Foto: Reprodução

Durante o Outubro Rosa, a campanha de conscientização sobre o câncer de mama ganha força, mas ainda circulam informações equivocadas sobre a doença, que podem atrapalhar a prevenção, o diagnóstico e o tratamento. 

Uma informação amplamente divulgada é de que o sintoma da doença é a presença de nódulo na mama perceptível à palpação da região, porém, nem sempre é assim. O câncer de mama pode apresentar outros sinais importantes, como alerta a médica Silvia Regina Ferreira Mendes, ginecologista e mastologista da Hapvida NotreDame Intermédica.

“Temos vários outros sinais de alerta para o câncer de mama. Retração e descamação do mamilo são dois deles. A secreção sanguinolenta saindo espontaneamente de um ou de ambos os mamilos é outro indício”, enfatiza.

A especialista acrescenta que quando a pele da região ganha aparência de casca de laranja, rugosa, também precisa de atenção. Igualmente, se a mama apresenta aspecto de inflamação, como mastite. 

No entanto, mesmo sem a apresentação de sinais a mulher pode, ainda assim, receber o diagnóstico de câncer em exames de rotina.

Por isso, realça Silvia, há a importância de toda mulher ir periodicamente ao ginecologista e ao mastologista para realizar a mamografia e o ultrassom das mamas conforme orientação especializada. 

Câncer de mama

O câncer de mama é o tipo que mais acomete as mulheres no Brasil. As maiores taxas de incidência e de mortalidade estão nas regiões Sul e Sudeste do País, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). 

A projeção do órgão é do registro de 73.610 casos novos de câncer de mama no Brasil neste ano. A estimativa de risco é de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres. Por isso, a importância da prevenção inclui hábitos saudáveis, como manter uma dieta balanceada, praticar atividades físicas regularmente e evitar o consumo excessivo de álcool.

Riscos e mamografia

A mamografia, ressalta a mastologista da Hapvida NotreDame Intermédica, é um exame fundamental para o diagnóstico de lesões não palpáveis. “O risco de radiação é mínimo, além de ser feito só uma vez por ano. O benefício do exame é superior”, garante.

Porém, a visita periódica ao ginecologista não dispensa o autoexame das mamas. “É importante porque qualquer alteração que a mama apresenta pode ser percebida pela mulher, que, em seguida, deve procurar um especialista para confirmar a alteração por meio de exames específicos”, orienta. 

Outra informação importante é o período ideal para realizar a palpação de suas mamas. “A mulher que menstrua deve realizar logo após a menstruação terminar. Já a mulher que não menstrua, que está na menopausa, em qualquer época do mês”, acrescenta.

Outro mito é se considerar fora de risco de desenvolver câncer de mama por não ter familiar próximo que tenha tido a doença. “A história familiar de câncer de mama especificamente, não outro tipo de câncer, é considerado um fator de risco maior quando a mulher tem casos na família, porém pode surgir o câncer em mulheres sem esse histórico”, alerta a médica. 

Ela acrescenta que o câncer pode surgir em qualquer faixa etária. “Mulheres entre 20 e 90 anos podem desenvolver o câncer de mama, apesar de ainda ser mais frequente em mulheres na fase da menopausa”, comenta.

A Hapvida NotreDame Intermédica é uma das maiores empresas de saúde e odontologia da América Latina e atende cerca de 15,7 milhões de beneficiários. 

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