Está marcado para o próximo dia 2 de março o júri popular do policial militar Luís Paulo Isidoro, acusado de matar o jovem santa-cruzense Brian Bueno em 2016 na saída da FAPI. O julgamento será realizado no fórum de Ourinhos, local onde o crime aconteceu.
O júri do caso foi adiado por três vezes – nas duas primeiras, em decorrência da pandemia; na última, a pedido da defesa do PM que solicitou a oitiva de mais uma testemunha.
Luis Paulo Isidoro é acusado de homicídio culposo, quando não intenção de matar.
O caso aconteceu em 9 de junho de 2016, quando o jovem Brian Bueno da Silva, de 22 anos, saia com os amigos de um show da Fapi, a Feira Agropecuária e Industrial de Ourinhos, e o carro em que ele estava no banco do passageiro foi abordado pelos policiais militares.
Imagens de câmeras de segurança registraram o crime. Brian estava com mais quatro amigos no carro na Avenida Jacinto Ferreira de Sá, quando o motorista foi parado pela PM. O tiro saiu da arma de Luís Paulo e nas imagens dá pra ver o clarão do disparo.
Na época, o policial alegou que o tiro foi acidental causado por uma falha na arma. Mas um laudo feito pela própria Polícia Militar apontou que a pistola não apresentou defeito. A família aguarda o julgamento há seis anos.
A abordagem aconteceu na Avenida Jacinto Ferreira de Sá na madrugada do dia 9 de junho de 2016. Brian estava com mais quatro amigos em um carro, segundo eles, já indo embora, voltando para Santa Cruz do Rio Pardo. Mas a PM parou o carro porque, segundo os policiais, o veículo estava andando em zigue-zague na avenida.
Na abordagem, o Brian, que estava no banco do passageiro do veículo, foi atingido por um tiro de um dos PMs. No início da investigação, a Polícia Civil disse que a Polícia Militar agiu com intenção de interferir no trabalho de apuração, tentando apagar o vídeo usado como prova, lavando o carro antes da análise da perícia, ameaçando testemunhas, mas o comando da PM, na ocasião, disse que isso não aconteceu.
Segundo o batalhão da PM de Ourinhos, o policial Isidoro foi afastado das ruas desde então e continua trabalhando internamente. Ele foi transferido do local, mas não informaram onde ele está atuando.
Em nota, a defesa do policial reforçou que o disparo foi acidental por defeito na arma comprovado por perícia de um armeiro designado pela PM em uma audiência realizada no Fórum sob a presença da juíza que cuida do caso. A defesa disse ainda que Luis Paulo Isidoro inclusive foi absolvido no processo instaurado na Polícia Militar por comprovada falha na arma.
* com informações do G1
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