O prefeito Diego Singolani registrou na tarde de terça-feira (03) Boletim de Ocorrência na Polícia Civil de Santa Cruz do Rio Pardo. Ele acusa o pastor da igreja Presbiteriana, Jari Paraguai dos Santos por crime de ameaça. Ambos discutiram na manha de terça-feira (03), em frente a Prefeitura, após reunião de transição de governo na secretaria da Cultura, onde ocorreu desavenças entre a atual secretária Renata Sartori e a futura titular da pasta Elaine Proença, mulher do pastor Jair.
Segundo Diego relatou no B.O, o pastor foi em sua direção fazendo gestos com a mão “demonstrando querer um embate físico”. O pastor teria dito: “prefeito quero conversar com você e vai ser aqui”. Sentindo-se ameaçado, Diego pediu para que o pastor tomasse distância. Então, segundo relato, Jair partiu para cima do prefeito sendo contido por dois assessores que acompanhavam Diego. “Você é prefeito até dia 31 de dezembro, depois disso quero conversar com você de homem para homem; pelo menos aqui tem homem”, teria dito o pastor antes de entrar no carro e seguir caminho. No final do dia, Diego também divulgou nota oficial à imprensa sobre o caso (leia abaixo).
ENTENDA O CASO
Antes da confusão com o pastor, Diego Singolani participou da reunião de transição da Secretaria de Cultura, no Palácio da Cultura. Em dado momento surgiu um entrevero após Elaine Proença questionar o trabalho de Renata Sartori. Diego teria pedido à futura secretária da Cultura que agisse com ética. Elaine então pediu a presença do marido na reunião, o pastor Jair Paraguai. O pedido foi negado. A partir então começou uma série de acusações que envolvem o atual prefeito Diego, o pastor e o futuro prefeito Otacílio. Cada um deles se “refugiou” em uma rádio. Diego na Difusora, Otacílio na Band e Jair na 104 FM.
Diego gravou trecho da conversa que teve com o pastor em frente a prefeitura e divulgou o áudio na rádio Difusora. Ele acusou o pastor de homofobia e de crime contra a honra. Bastante nervoso, Diego implorou a Otacílio que se manifestasse sobre o caso.
Otacílio se manifestou na Band FM, dizendo que as reuniões de transição estão canceladas. O futuro prefeito recebeu mensagem de Elaine Proença revelando que Diego teria gritado com ela na reunião de transição. “Me senti insegura e desprotegida, foi constrangedor”, declarou Elaine. Após ler a menssagem da secretária ao vivo na rádio, Otacílio foi categórico: “não tem mais reunião de transição. Está definido. Vamos parar com isso. Estão se vitimizando, perseguindo funcionários”, diz Otacílio revelando que alguns de seus secretários estão sendo impedidos de participar de reuniões de transição. “Quem muito nega, tem muito a esconder.”
Pastor Jair foi à 104 FM e ao vivo declarou que apenas queria conversar com Diego e que em nenhum momento foi homofóbico ou ameaçou o atual prefeito. “Chamei para conversarmos como homens, não somos animais. Se quisesse agredi-lo não precisava esperar até dia 31 de dezembro”, afirma Jair que teria dito a Diego para registrar boletim de ocorrência se assim desejasse.
A NOTA
NOTA OFICIAL À IMPRENSA
Como representante público e comprometido com a ordem, o respeito e os valores que devem reger a sociedade, venho a público esclarecer os fatos ocorridos nesta manhã e reafirmar minha posição em defesa da ética e dos bons costumes.
Durante uma reunião de transição realizada nesta data (03/12/24), a Sra. Elaine Proença, indicada à Secretaria de Cultura, teceu críticas à atual equipe da pasta e gerou um desnecessário desconforto entre os presentes. Diante do comportamento inadequado, encerrei a reunião de maneira respeitosa e solicitei, com educação, que a referida senhora deixasse o gabinete.
Posteriormente, em um ato de extrema gravidade, o Sr. Jair Paraguai, esposo da Sra. Elaine, invadiu as dependências do gabinete sem autorização e, não me encontrando no local, aguardou do lado de fora da sede administrativa. Ao me localizar, o Sr. Jair dirigiu-se a mim em estado visivelmente alterado, proferindo frases com suposto teor intimidatório e de cunho aparentemente homofóbico, comportamento inaceitável em qualquer circunstância.
Com serenidade, dirigi-me à Delegacia de Polícia Civil para relatar os fatos e registrar a ocorrência, visando resguardar minha segurança e garantir a apuração legal do ocorrido. É meu dever como cidadão e agente público preservar a ordem e os valores que norteiam o serviço público, não compactuando com ações que afrontem a dignidade humana e a convivência pacífica.
Reforço que atos de intimidação ou desrespeito, seja de quem for, não encontram espaço em uma sociedade que preza pelo diálogo e pela civilidade. Permanecerei firme na busca pela justiça e confiante de que os procedimentos legais garantirão uma solução justa e exemplar.
Finalmente, reforço a necessidade de harmonia e paz entre os integrantes das equipes de transição para a melhor realização do interesse da cidade até o fim do mandato atual, o que não tem ocorrido por parte de algumas autoridades políticas municipais eleitas e escolhidas, que vêm desrespeitando os melhores preceitos relacionados à boa educação.
Prefeito Diego Singolani
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