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Sem nenhum leito de UTI Covid, Santa Cruz transfere pacientes graves para Marília

Irmã de paciente transferida expõe situação da Santa Casa de Misericórdia

A Secretaria de Saúde de Santa Cruz do Rio Pardo confirmou em seu boletim oficial nesta sexta-feira, 14, que pelo menos dois pacientes com Covid foram transferidos para outros municípios. Segundo apuração do Diário Cidadão, a Santa Casa de Misericórdia, que está sob intervenção da prefeitura, não dispõe de mais nenhum leito de UTI Covid, e os casos considerados graves terão de ser encaminhados para Marília. 

A pasta da Saúde alega que todos os municípios da região descredenciaram seus leitos de UTI Covid no final do ano passado, a pedido do Ministério da Saúde, quando os casos de Covid e internações chegaram a patamares muito baixos. Desde de então, ainda segundo o órgão, a orientação do Departamento Regional de Saúde (DRS) de Marília é para que os casos que necessitem de atendimento intensivo sejam transferidos para a central de referência. O problema é que a pandemia voltou a ganhar força, com uma explosão de contaminações, e em várias cidades da região já é possível observar também um aumento de internações. Nas próximas semanas, a reabertura de leitos de UTI Covid em outras cidades da região estará na pauta central das autoridades responsáveis. 

Em Santa Cruz do Rio Pardo a situação é delicada. Os números da pandemia pioram diariamente. No boletim Covid desta sexta-feira, 14, foram relatados 150 novos casos em 24 horas, além de 278 notificações para suspeitos. No momento são 638 pessoas com o vírus ativo no município e outras 389 aguardam resultados de exames. Na Santa Casa, há um paciente internado em ambulatório. Duas pessoas foram transferidas justamente por não haver mais leitos de UTI Covid. Uma delas é Simone Ribeiro, 49, moradora na Vila Popular, que foi encaminhada para Marília, onde segue internada. No jornal Giro de Notícias da rádio 104 FM nesta sexta-feira, Silvana Ribeiro, irmã da paciente, participou ao vivo por telefone e expôs detalhes de como foi a passagem de Simone pelo hospital até sua transferência. Em seu relato, chama atenção o fato da irmã ter sido liberada para voltar para casa na segunda-feira, 10, mesmo tendo exames de imagem que mostravam um comprometimento de cerca de 35% dos pulmões. Nos dias seguintes, o estado de Simone piorou e ela teve de ser internada. Ouça a entrevista:

 

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